A 1ª Olimpíada Brasileira do Ensino Superior de Química, idealizada pela Associação Brasileira de Química (ABQ) e coordenada pela Universidade Federal do Ceará, no ano passado (2018) proporcionou motivos de alegria para uma turma de alunos da UMC, a única universidade particular do estado de São Paulo a conquistar bons resultados na edição.
A avaliação, bastante extensa e criteriosa era subdividida nas grandes áreas da química, que se destacam: Química Orgânica, Química Inorgânica, Físico-Química, Química Geral e Química Analítica. Dentro de cada uma das áreas, os 20 melhores receberiam um certificado de Menção Honrosa na disciplina, e os três primeiros de cada área participarão da olimpíada mundial.
De acordo com a coordenadora Tatiane Faustino de Moraes, a olimpíada teve um peso muito importante para os cursos de Química e Engenharia Química: “Inscrevi apenas quatro alunos para participarem, e tivemos o retorno positivo de que três deles obtiveram excelentes resultados, se destacando inclusive, em meio a alunos de grandes universidades públicas”.
Tatiane ainda destaca que a UMC tem se posicionado como uma universidade referência na área, e prova disto, foram os resultados conquistados nesta olimpíada: “Nosso objetivo é capacitar o aluno da melhor forma possível, a ponto dele ter destaque numa olimpíada que é a nível nacional, competindo com universidades federais e não deixarem a desejar”, completa.
Para o currículo dos estudantes, participar da primeira edição “é sem dúvidas um diferencial impar”, afirma. “Acredito que estamos seguindo o caminho certo, temos uma preocupação constante do que é ensino em sala de aula, em trazer o que tem de novo na nossa área e principalmente, fazer o aluno pensar fora da “caixinha”, afinal, o mercado exige cada vez mais profissionais que tenham competências e habilidades diferenciadas, reforça Tatiane.
Motivos de orgulho
Igor Shenayder Santos Machado foi o aluno incentivador para que a universidade se inscrevesse na competição: “Meu maior incentivo era a ambição em ter algo no currículo e em ser lembrado. Confesso que na hora da prova senti medo de que não teria resultados positivos, afinal a avaliação estava muito difícil e criteriosa, era pouco tempo para questões extensas. Porém, já me sinto orgulhoso, e sei que posso estudar mais e certamente chegar ainda mais longe nas próximas”.
Fabiano Souza Palgrossi foi destaque em duas categorias. Ele é aluno do curso de Engenharia Química e confessa que não esperava o resultado obtido, ainda mais numa área que não tem tanta afinidade: “Num primeiro momento, assim que sai da prova, me senti arrasado. Era uma prova muito extensa, com um grau de dificuldade alto e eu achei que tinha ido muito mal. Passado o tempo, quando saiu o resultado, veio a surpresa duplicada, por ser uma das disciplinas que tenho menor habilidade”.
Já o aluno João Paulo Schneider Bither Vieira, afirma que sua visão após a competição mudou: “Fiz a prova sem pretensão. Nunca tinha participado de uma competição deste nível, e ao final, também me senti desanimado, porém, quando verifiquei o resultado, percebi que foi muito mais interessante do que esperei. Agora posso me dedicar a certas coisas, e procurar melhorar em novas áreas”, afirma o aluno, destaque na área da química orgânica.
Próximos passos
A motivação é que, a partir destes resultados, incentivaremos muitos outros alunos a também participarem das próximas edições. “Já vimos que é possível, que temos competência para competir de igual pra igual com outras instituições, que nossos alunos estão empenhados nos estudos fora da sala, e que quando se veem frente a uma prova extensa, insistem até o último minuto”, finaliza a coordenadora Tatiane.