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Dia Mundial do AVC: Universidade de Mogi das Cruzes faz alerta sobre prevenção

Por ano, mais de 100 mil pessoas morrem no Brasil em decorrência de Acidente Vascular Cerebral, ou AVC, também conhecido como derrame. Os dados são do Ministério da Saúde. A Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) aproveita o Dia Mundial de Combate ao AVC, celebrado nesta quinta-feira, dia 29 de outubro, para alertar a população sobre os fatores riscos da doença e dar dicas de prevenção.

Diante da importância do assunto, o professor de Medicina da UMC e especialista em Neurologia, George Silva Teixeira, fala sobre a importância da prevenção ao AVC, que é uma espécie de infarto no cérebro, mas também pode ser sangramento na região, podendo deixar sequelas permanentes e até levar a óbito. No entanto, a doença pode ser prevenida.

O Neurologista da UMC faz o alerta sobre os fatores de risco e destaca as iniciativas que podem evitar a manifestação da doença e salvar vidas. O professor George explica que existem dois tipos de AVC: o isquêmico, que é causado por falta de sangue, quando um vaso sanguíneo entope; e o hemorrágico, ocasionado por sangramento no cérebro. “O AVC é uma disfunção do sistema nervoso, mais especificamente do cérebro por uma alteração vascular. Pode ser uma espécie de infarto, mas não somente um infarto. Pode ser sangramento também”, detalha o médico.

Teixeira ainda lembra que o AVC acomete, na maior parte dos casos, os idosos e que os riscos aumentam conforme a idade avança. “De modo geral, cerca de 75% dos pacientes com AVC agudo têm mais de 65 anos. A sua incidência praticamente dobra a cada década, a partir de 55 anos. Há ligeiro predomínio do sexo masculino, quando se consideram pacientes com idade menor que 75 anos”, revela.

O derrame cerebral também pode deixar sequelas graves, irreversíveis em alguns casos. O neurologista da UMC conta que há pacientes em que os sinais deixados pelo AVC são imperceptíveis, mas também há pessoas que ficam em estado vegetativo, outras não resistem e vão a óbito.

Sintomas, fatores de risco e prevenção

A dificuldade de coordenação motora também pode ser um sintoma de derrame e os atendimentos médicos precisam ser feitos o quanto antes. “De modo geral, se uma pessoa apresenta queixas de perda de movimento, como fraqueza em um membro ou metade do rosto, ou alterações psíquicas súbitas e persistentes, há a possibilidade de ser AVC”, explica o professor George. “Nesses casos, as medidas de primeiros socorros são sempre necessárias, mas, se houver suspeita, o paciente deve ser levado ao hospital imediatamente”.

O especialista em Neurologia também alerta para os riscos e revela que, além da idade, pessoas fumantes, sedentárias, com histórico familiar, hipertensão, diabetes e cardiopatias também precisam ficar alertas, já que estes são fatores que aumentam as chances de alguém ser vítima de um Acidente Vascular Cerebral. No entanto, o professor George destaca que há iniciativas que podem inibir a possibilidade de AVC: “Para prevenir a doença, é importante modificar os fatores de risco passíveis de alteração, tais como diminuir o sedentarismo, o tabagismo, controlar a pressão, o diabetes e o colesterol”, finaliza.

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