A Universidade de Mogi das Cruzes marcou presença na VI Jornada Beltraniana, que ocorreu na manhã desta terça-feira (8), no Centro Cultural José Marques de Melo, em São Paulo. Agnes Arruda, coordenadora dos cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Design Gráfico participou do debate, e Cristina Schmidt, coordenadora do programa de mestrado em Políticas Públicas foi a mediadora da mesa redonda. Além do debate científico sobre as contribuições beltranianas para os estudos acadêmicos do campo da comunicação, o evento celebrou o 99º aniversário de nascimento de Luiz Beltrão.
A primeira Mesa Redonda foi formada pela pesquisadora e professora da ECA/USP, Cremilda Medina, que assim como Luiz Beltrão, vivenciou os primeiros passos dos estudos da comunicação no Brasil. Ela é a primeira mestre em Comunicação pela Universidade de São Paulo e da América do Sul e seu estudo teórico reflexivo sobre “Jornalismo Interpretativo”, escrito com Paulo Roberto Leandro em 1973, foi citado por Beltrão como sendo o único subsídio brasileiro para o estudo do Jornalismo Interpretativo. Também participaram os professores Marcos Zibordi e Elinaldo Meira, que trabalham as narrativas visuais urbanas da contemporaneidade. A professora Monica Martinez foi a mediadora.
As professoras da UMC participaram da segunda Mesa Redonda do evento, que também contou com a participação do pesquisador Jorge Miklos. Ele e Agnes Arruda debateram sobre a metamorfose urbana dos processos sociais, religiosos e comunicacionais; uma devoção e expressão que se configuram como um pagamento de promessa cultural e de vida. Para isso, nesta discussão, a coordenadora da UMC apresentou o trabalho “Não Existe MESMO amor em SP?”, escrito em 2016 por ela e por seu orientador, Miklos, por ocasião de sua pesquisa de doutorado. “Neste trabalho, fazemos uma reflexão a respeito de movimentos populares insurgentes que buscam, colocando em prática a Ecologia da Comunicação, ressignificar o imaginário social e midiático a respeito da capital São Paulo. Texto que gostamos muito por possibilitar o pensamento em saídas contra hegemônicas ao senso comum de que, em grandes cidades, não é possível agir com humanidade. Mais amor, por favor, é o que precisamos!”, ressaltou Agnes. Cristina Schmidt, uma das organizadoras do evento, mediou este debate.
Luiz Beltrão nasceu em 8 de agosto de 1918, em Olinda, Pernambuco. Pesquisador da área da Comunicação – escreveu cerca de vinte livros e inúmeros artigos científicos – foi o primeiro doutor em comunicação do Brasil pela Universidade de Brasília, em 1967, e defendeu em sua tese a teoria da Folkcomunicação, definido como o processo de intercâmbio de informações e manifestação de opiniões, ideias e atitudes da massa, através de agentes e meios ligados direta ou indiretamente ao folclore. Foto Divulgação.