Os alunos Andrey Kenji Saito Nogueira e Diana Fonseca Arantes dos Santos, do curso de Engenharia Civil da UMC, foram premiados com o projeto “Proposta para Destinação de Áreas Mineradas”, no 1º Concurso de Projetos de Destinação de Áreas Mineradas para Utilização Econômica e Social, que trata da recuperação de áreas que são degradadas devido às atividades extrativistas que envolvem, em grande parte, o setor de construção civil.
Com uma latente preocupação com o crescimento da população mais vulnerável, que mora em residências irregulares e sem serviços básicos, a proposta dos alunos era aproveitar a declividade dos taludes (terrenos inclinados que servem para dar sustentação e estabilidade ao solo) para a construção de bairros com edifícios residenciais, por meio do reaproveitamento das áreas de extração, e com auxílio do governo e de empresas mineradoras, gerando também respaldo e inclusão social dessas famílias.
De acordo com Diana Fonseca Arantes dos Santos, este desafio foi de grande relevância para sua bagagem acadêmica “porque existem muitas áreas de pós-extração abandonadas e nunca havíamos parado para analisar essas possibilidades, mas ao questionar as adversidades encontradas, percebemos que o problema dos terrenos desocupados poderia se tornar em solução para reparar uma questão social, que é a falta de acesso à moradia regular, com serviços básicos como rede de esgoto, coleta de lixo e água potável para consumo” – declara.
Ao todo, foram mais de 30 projetos escritos por alunos de diversas universidades do Estado, dos quais 10 foram premiados, dentre eles a dupla da UMC que, orientados pelo professor Luiz Antonio Papp, conquistou o prêmio na categoria “NAP. Mineração de Mineração Sustentável”.
Para a coordenadora de Engenharia Civil, Flavia Conceição Veneziani Ribeiro, a participação em concursos como este desafiam o aluno a extraírem o melhor de si e colocar em prática todo o seu potencial. “ A participação neste concurso foi de grande importância para a formação e conscientização dos alunos para esta realidade. O projeto apresentado trabalhou interdisciplinaridade, envolvendo muitos dos conhecimentos que foram desenvolvidos ao longo do curso de Engenharia Civil” – enfatiza.
Promovido pela Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o concurso tem como intuito fazer com que universitários vejam as áreas exauridas com possibilidade de transformação e de novas aplicações de alto interesse social, econômico e turístico, mesmo após a extração de insumos.
