O aluno do doutorado em Engenharia Biomédica da UMC, Renato Brito Sanchez, participou do XXVI Congresso Brasileiro de Engenharia Biomédica, realizado entre os dias 21 e 25 de outubro em Búzios – RJ, com o trabalho sobre o uso de Inteligência Artificial para detectar a Doença de Alzheimer, e garantiu o 2º lugar no prêmio Jovem Pesquisador “Antonio Fernando Catelli Infantosi”.
A doença de Alzheimer ocorre a partir dos 25 anos, em decorrência da morte das células neurais, as quais diminuem significativamente a capacidade cognitiva. E pensando nisso, o doutorando propôs em seu trabalho, nomeado como “Artificial intelligence to detect Alzheimer’s in magnetic resonances”, a criação de um algoritmo com inteligência artificial e aplicação do TensorFlow (um sistema para criação e treinamento de redes neurais para detectar e decifrar padrões e correlações, análogo à forma como humanos aprendem e raciocinam) da Google Brain, o qual analisa os exames de Ressonância Magnética para poder identificar o diagnóstico de Alzheimer.
O método utilizado atualmente não fornece um diagnóstico, apenas as imagens para o médico analisa-las e então dar um parecer. A proposta deste trabalho sugere utilizar a Inteligência Artificial para fazer o processamento das imagens obtidas pela ressonância, com maior velocidade, comparando as imagens automaticamente.
Um estudo foi realizado com dois grupos selecionados: um para controle (de pacientes saudáveis) e um de pacientes com Alzheimer, no qual o algoritmo analisa os exames e então dá o diagnóstico. Após as validações, os resultados obtidos apresentaram um acerto de 97% em relação ao método convencional. Logo, com o uso da Inteligência Artificial, os diagnósticos seriam mais assertivos e rápidos.
Para a professora e orientadora Dra. Silvia C. Martini, a participação do aluno no maior congresso da área “é de fundamental importância para a sua formação, pois além da integração entre os pesquisadores há também trocas de informações e ideias. É sempre um aprendizado” – enfatiza.
Já para Renato, o fato de poder trabalhar o que aprendeu para desenvolver soluções que favoreçam a sociedade é algo que lhe atrai muito e um congresso como este é a oportunidade de mostrar todo o seu potencial. “ A participação no Congresso de Engenharia Biomédica foi uma novidade para mim, porém representou um grande passo, pois tive contato imediato com outros pesquisadores, assim pude conhecer melhor a aplicação do que eu estava trabalhando. Tenho grande interesse em continuar o estudo e desenvolvimento da minha pesquisa. Além disso, sei que um prêmio como esse, além do fato de ter um doutorado em meu currículo, contribuirá muito para minha vida profissional, para minha expansão e crescimento. Sem dúvidas, foi uma experiência única” – declara.