Sabrina Vitoria Ferreira, de 21 anos, está fazendo o mapeamento dos espinhos de quatro espécies de peixes nativos do Alto Tietê
Você já parou para pensar quantos espinhos têm um peixe? É difícil até imaginar, não é? Mas é essa dúvida que está levando uma jovem estudante da UMC a fazer um estudo inédito no país: um mapeamento dos espinhos de espécies nativas do Alto Tietê. A aluna Sabrina Vitória Ferreira iniciou sua pesquisa em agosto do ano passado com previsão de término em semestre deste ano.
A ideia surgiu de uma visita do professor Dr. Alexandre Hilsdorf à China, onde ele viu o trabalho de retirada de espinhos de uma carpa. “Quando vi esse trabalho achei sensacional e trouxe a ideia para o Brasil. Ofereci para a aluna a realização deste estudo, que até o momento é inédito no país”, destaca o professor.
Sabrina é aluna de Biologia e está realizando este trabalho por meio da Iniciação Científica. A pesquisa aborda quatro espécies nativas de peixes da bacia do Alto Tietê: o tambaqui, a traíra, o lambari e o curimbatá de lagoa. “O intuito da pesquisa é dar um pontapé neste estudo dos espinhos no país, que tem uma importância muito grande. Com o estudo finalizado vamos conseguir colaborar com pesquisas futuras de melhorias genéticas e até fazer com que o filé do peixe seja 100% aproveitado na parte de consumo, perdendo poucas carnes por conta do espinho, o que impacta também no lado econômico da questão”, diz a aluna.
Uma das ações durante a pesquisa é retirar todos os espinhos. “É um processo minucioso que nós fazemos por meio do cozimento do peixe. Limpamos as escamas, cabeça e cauda e retiramos os espinhos com uma pinça. É um trabalho tão difícil, que deve ser feito mais de uma vez, para se ter certeza de que não deixou passar nada. A contagem ocorre duas, três vezes por peixe, para termos a certeza do número que vamos informar na pesquisa”, finaliza Sabrina.