“Jornalismo, independentemente de qualquer definição acadêmica, é uma fascinante batalha pela conquista das mentes e corações.”
A frase é de um dos jornalistas brasileiros mais competentes e apaixonados pela profissão, Clóvis Rossi, e expressa não só uma definição visceral do Jornalismo, mas também o cenário no qual sempre esteve inserido, o de luta.
Hoje, mais do que por mentes e corações, o Jornalismo contemporâneo trava também uma batalha por cidadania, por ética, por verdade.
Em tempos do que a Organização Mundial de Saúde (OMS) chamou de infodemia, a palavra do jornalista é posta à prova, questionada, caluniada por movimentos contra discursivos, por vezes de viés autoritário, que veem na ruptura da legitimação da imprensa a criação de um espaço de desinformação, que instaura a dúvida permanente, o caos noticioso, e que coloca em xeque o conhecimento cidadão.
A batalha também é pelo respeito ao livre exercício da profissão. Entidades como Federação Internacional de Jornalistas e Repórteres sem Fronteiras contabilizam, todos os anos, tristes números de mortes de jornalistas, que tiveram suas vidas ceifadas apenas pelo trabalho que cumpriam. Só no ano passado foram 50 em todo o mundo. No Brasil, segundo dados do Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa, realizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), o ano de 2020 foi o mais violento para os jornalistas brasileiros, desde o início da série histórica dos registros dos ataques à liberdade de imprensa feitos pela entidade, iniciada na década de 1990. Foram 428 casos de violência, 105,77% a mais que o já alarmante número de 208 ocorrências, registradas em 2019.
Assim, no Dia do Jornalista, mais do que destacar sua importância em um estado democrático de direito, é preciso chancelar que a garantia da sua liberdade, em todos os sentidos, é também a garantia da liberdade de expressão e da liberdade de informação, pilares incontestáveis em sociedades politicamente bem estruturadas e socialmente desenvolvidas.
Por isso, ao vislumbrarmos a história da imprensa, e por conseguinte, a história de jornalistas até aqui, entendemos que as batalhas nunca foram partidárias, sectárias, maniqueístas, por defesas ou acusações, mas sempre foram por AUTONOMIA.
O curso de Jornalismo da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) parabeniza esses profissionais que lutam todos os dias para fazer do Jornalismo o que, afinal, ele é: esteio fundamental na construção de conhecimento e de percepção de mundo.
Curso de Jornalismo da UMC